1º Bimestre

2º Bimestre

Física I - 2º Bimestre (semana 7)

Energia Mecânica

Gravitação

As leis de Kepler

Introdução ao movimento dos corpos rígidos



EXERCÍCIOS PARA O PORTFÓLIO: 2 E 14.

Gravitação

Exercício 2: Qual é a aceleração de queda livre de um corpo a uma altitude correspondente à órbita de um veículo espacial, a cerca de 400 km acima da superfície da Terra?




Exercício 14: Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar. Sua massa é de M�� = 1,9 × 1027 kg (318 vezes mais massivo que a Terra) e possui mais de cinquenta luas (satélites naturais) conhecidas. As quatro maiores delas, visíveis da Terra com um pequeno telescópio e descobertas por Galileu Galilei no século XVII, são: Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Você, ao reproduzir a observação de Galileu, mediu os seguintes períodos de revolução em torno de Júpiter: 42,5 h para Io, 85,2 h para Europa, 171,6 h para Ganimedes e 400,6 h para Calisto. Com esses dados apenas e conhecendo a constante universal da gravidade, monte o gráfico × desse sistema planetário.
1 UA = 149 597 871 km. Note, entretanto, que você não precisa dessa informação para resolver o exercício. 3Ao invés do semi-eixo maior da órbita, você também pode utilizar a distância média entre o planeta e o Sol. 



Luas
T (dias)
a(109 m)
Io
1,77
0,422
Europa
3,55
0,671
Ganimedes
7,15
1,071
Calisto
16,69
1,884






Inglês - 2º Bimestre (semana 7)

Compreensão escrita: Familiarizando-se com o Gênero Relato



MATERIAL PORTFÓLIO


AULA 7 – Compreensão Escrita: Relato de Pesquisa


Atenção!

Você deve incorporar esta atividade ao PORTFÓLIO da disciplina de Inglês.
As respostas podem ser dadas em português ou em inglês.

 

ATIVIDADE 1


Para esta primeira atividade, você deve ler o texto acadêmico abaixo e, em seguida, responder, na Coluna B, as questões no quadro após o texto.

Para melhor visualização do que consta em cada uma das divisões que compõem o texto, selecionamos cada divisão com uma cor e, também, sublinhamos as palavras mais relevantes de cada divisão.



ABSTRACT

In judging the quality of a research study it is very important to consider threats to the validity of the study and the results. This is particularly important for empirical research where there is often a multitude of possible threats. With a growing focus on empirical research methods in software engineering it is important that there is a consensus in the community on this importance, that validity analysis is done by every researcher and that there is common terminology and support on how to do and report it. Even though there are previous relevant results, they have primarily focused on quantitative research methods and in particular experiments. Here we look at the existing advice and guidelines and then perform a review of 43 papers published in the ESEM conference in 2009, analyse the validity analysis they include and which threats and strategies for overcoming them that were given by the authors. Based on this analysis we then discuss what is working well and less well in validity analysis of empirical software engineering research and present recommendations on how to better support validity analysis in the future.

Keywords: Validity threats, Empirical research, Software engineering, Research methodology

COLUNA A
COLUNA B
1. Que texto é esse?

2. Qual é o título do texto?

3. Qual o nome dos autores do texto?

4. Qual a filiação acadêmica dos autores?

5. Qual é a área de conhecimento?

6. Qual é o assunto do texto?

7. Qual é o objetivo da pesquisa?

8. Selecione o item que indica, corretamente, as divisões do Abstract desta atividade.
(a) Contexto, Metodologia, Objetivo, Conclusão, Palavras-chave
(b) Discussão, Metodologia, Conclusão, Objetivo
(c) Implicações, Conclusão, Resultados, Objetivo


ATIVIDADE 2


1. Como segunda atividade, você deve olhar o Relato de Pesquisa completo e, depois, responder as perguntas a seguir. O abstract acima, da Atividade 1, é do mesmo texto. Portanto, você já tem um ponto de partida sobre o que é abordado no texto.


QUESTÕES
RESPOSTAS
1. Quais são as divisões do Relato de Pesquisa?

2. Leia a Introdução do Relato de Pesquisa e marque a alternativa que melhor indique o que os autores da pesquisa propõem na Introdução. (Para responder esta questão, centre a sua atenção na coluna direita da Introdução.)
(   ) Propõem que todas as ameaças de validade sejam excluídas da engenharia de software.
(   ) Propõem reformular totalmente a análise de validade.
(   ) Propõem formas que possam ajudar a melhorar a análise de ameaças de validade.

3. Leia a Conclusão do Relato de Pesquisa e marque a alternativa que melhor indique o que os autores propõem na Conclusão. (Para responder esta questão, centre a sua atenção no último parágrafo da Conclusão).
(   ) Propõem que seja criado um modelo comum para o processo de condução de pesquisas empíricas em engenharia de software.
(   ) Propõem que seja reformulado totalmente o processo de condução de pesquisas em engenharia em geral.
(   ) Propõem que não haja mais nenhum modelo para se fazer pesquisas em engenharia.



 

Referências

FELDT, R.; MAGAZINIUS, A. Dept. of Computer Science and Engineering. Chalmers University of Technology, Sweden. Validity Threats in Empirical Software Engineering Research - An Initial Survey. Disponível em: http://www.cse.chalmers.se/~feldt/publications/feldt_2010_validity_threats_in_ese_initial_survey.pdf


Metodologia Científica - 2º Bimestre (semana 7)

Concluindo o Projeto de Pesquisa



A conclusão do trabalho de pesquisa, pela produção de um relatório. O relatório de pesquisa tem a função de documentar e registrar todo o processo de elaboração do projeto de pesquisa e suas conclusões. Ele também é um dos meios pelos quais os resultados do projeto são tornados públicos.


Parte 1 de 3: Elementos de uma conclusão básica


  1. Reafirme o assunto.[1] Você deve reafirmar brevemente o assunto e explicar o porquê de ele ser importante.
  • Não gaste muito tempo ou espaço reafirmando o assunto. Uma boa pesquisa fará a importância transparecer no texto, então você não precisa escrever uma defesa elaborada para o assunto durante a conclusão.
  • Por exemplo, ao escrever uma pesquisa sobre a redação de conclusões, reafirme o assunto dizendo algo do tipo: “Uma conclusão sólida é parte essencial de um trabalho de pesquisa”. Essa frase introduzirá o assunto (escrever conclusões) enquanto prova a importância dele (pois a conclusão é essencial para um trabalho forte).
  1. Reafirme sua tese.[2] Além do tópico, você deve reafirmar sua declaração de tese.
    • Uma tese é uma visão estreita e focada do tópico em mãos.
    • Essa declaração deve ser parafraseada da tese incluída na conclusão. Ela não pode, porém, parecer muito semelhante à frase originalmente usada.
    • Por exemplo, ao escrever uma pesquisa sobre o porquê de conclusões de resumo serem o tipo mais forte de conclusão, você poderia dizer algo do tipo: “Uma conclusão forte é parte essencial de uma pesquisa forte. Para a maioria dos trabalhos de pesquisa, uma conclusão que resuma o conteúdo do ensaio é mais eficiente.” Note que essa declaração de tese está em itálico.
  1. 3
    Resuma brevemente seus pontos principais. Essencialmente, você precisa relembrar seu leitor do que foi dito no desenvolvimento.
    • Um bom jeito de fazer isso é reler o tópico frasal de cada parágrafo ou trecho importante do desenvolvimento. Encontre um jeito de reafirmar brevemente cada ponto mencionado em cada tópico frasal na sua conclusão. Não repita nenhum dos detalhes de base usados dentro do desenvolvimento.
    • Sob circunstâncias normais, você deve evitar escrever novas informações em sua conclusão. Isso é especialmente verdadeiro se a informação for vital para o argumento ou pesquisa apresentada no trabalho.
  1. 4
    Adicione as explicações finais. Se sua pesquisa progredir de maneira indutiva e você não tiver explicado completamente o significado de suas afirmações, faça-o na conclusão.[3]
    • Note que isso não é necessário para todos os trabalhos de pesquisa. Caso já tenha explicado completamente o significado das afirmações na pesquisa ou a necessidade delas, não será necessário adicionar muitos detalhes na conclusão. Reafirmar a tese ou o significado do assunto deve ser o suficiente.
  1. 5
    Solicite ações quando apropriado. Se e quando necessário, é possível avisar aos leitores de que há necessidade de maiores pesquisas sobre o assunto abordado.
    • Note que esse chamado não é essencial em todas as conclusões. Uma pesquisa sobre críticas literárias, por exemplo, provavelmente solicita menos ações do que um trabalho sobre o efeito da televisão em bebês e crianças pequenas.

Parte 2 de 3: Ideias para uma conclusão eficiente


  1. 1
    Prefira sínteses básicas de informações.[4] A conclusão mais básica é o fechamento resumido, que é muito semelhante à introdução.
    • Visto que tal tipo de conclusão é tão básico, é vital que você se concentre em sintetizar a informação em vez de meramente resumi-la. Em vez de meramente repetir coisas já ditas, reescreva sua tese e pontos de suporte de um jeito que una todas as informações. Ao fazer isso, sua pesquisa parecerá um “pensamento mais completo”, e não uma coleção de ideias aleatórias e vagamente relatadas.
  1. 2
    Feche com lógica. Use sua conclusão para fornecer uma opinião lógica formada por evidências se sua pesquisa apresentar múltiplos lados acerca de uma mesma questão.
    • Inclua informações o suficiente sobre o assunto para apoiar suas afirmações. Porém, não opte por fornecer detalhes em excesso.
  1. 3
    Especule. Não tenha medo de indicar uma resposta caso sua pesquisa não tenha fornecido uma resposta clara à questão em jogo.
    • Reafirme sua hipótese inicial e indique se você ainda acredita nela ou se a pesquisa feita mudou sua opinião.
    • Indique que a resposta pode existir e que futuras pesquisas poderiam iluminar o tema.
  1. 4
    Faça um questionamento. Em vez de dar conclusões ao leitor, pergunte para que ele tire as próprias conclusões.
    • Faça uma pergunta que atingirá diretamente o propósito da pesquisa. Essa pergunta é a mesma, ou muito parecida, que você fez no início da pesquisa.
    • Certifique-se de que a questão possa ser respondida pelas evidências apresentadas em sua pesquisa.
    • Se desejado, resuma brevemente a resposta após perguntar. Você poderia deixar a questão em aberto para que o leitor a responda.
  1. 5
    Faça uma sugestão. Forneça recomendações sobre como proceder com futuras pesquisas caso deseje solicitar ações na conclusão.
    • É possível fazer recomendações ao leitor sem solicitar ações. Por exemplo, ao escrever sobre um assunto como a pobreza em países de Terceiro-Mundo, existem vários meios de pedir ajuda ao leitor sem solicitar mais pesquisas.
  1. 6
    Feche seu círculo informativo.[5] Junte todas as informações de sua pesquisa com a conclusão. Existem diversos meios de se fazer isso.
    • Faça uma pergunta na introdução. Na conclusão, reapresente a pergunta e forneça uma resposta direta.
    • Escreva uma anedota ou história em sua introdução, mas sem compartilhar o final. Em vez disso, escreva a conclusão da anedota na conclusão da pesquisa.
    • Use, na conclusão, os mesmos conceitos e imagens apresentados na introdução. As imagens podem (ou não) aparecer em outros pontos durante a pesquisa.
  1. 7
    Considere usar uma citação. Use uma citação apropriada para o assunto em questão para oferecer uma evidência final e memorável para sua pesquisa.
    • A citação normalmente deve ser uma de sua pesquisa. Ela pode ser algo já mencionado no trabalho.
    • Você poderia usar uma citação relacionada de um famoso indivíduo ou expert da área. Se desejá-lo, é possível citá-lo mesmo que tal autor não tenha sido mencionado em nenhum momento de sua pesquisa.

Parte 3 de 3: O que evitar


  1. 1
    Evite dizer “para finalizar” ou coisas semelhantes. Isso inclui: “resumindo” e “em conclusão”.
    • Essas frases parecem rígidas, pouco naturais ou falsas quando usadas no trabalho.
    • Além disso, usar uma frase como “em conclusão” para começar sua conclusão é algo direto demais e tende a gerar um final fraco. Uma conclusão forte pode ser forte sem a necessidade de indicativos.
  1. 2
    Não espere a conclusão para afirmar sua tese. Apesar de ser tentador reservar a tese para criar um final dramático para a pesquisa, fazê-lo fará com que o trabalho pareça menos coerente e mais desorganizado.
    • Sempre afirme o argumento principal ou tese na introdução. A pesquisa é uma discussão analítica acerca de um tema acadêmico, e não um romance de suspense.
  1. 3
    Deixe informações novas de fora.[6] Novas ideias, tópicos menores ou evidências significativas são boas demais para permanecerem na conclusão.
    • Evidências de apoio expandem o assunto da pesquisa ao deixá-lo mais detalhado. Uma conclusão deve focar um ponto mais específico sobre o assunto.
  1. 4
    Evite mudar o tom da pesquisa. O tom de sua pesquisa deve ser consistente o tempo todo.
    • Frequentemente, uma mudança de tom ocorre quando a pesquisa, com tom acadêmico, recebe uma conclusão emocional ou sentimental. Mesmo se o tópico da pesquisa possuir significado pessoal para você, evite indicar tais sentimentos durante o trabalho.
5
Não dê desculpas. Não crie frases que diminuam sua autoridade ou descobertas.
  • Afirmações de desculpas incluem frases como: “Eu posso não ser um expert”, ou “Esta é minha única opinião”.
  • Afirmações assim normalmente podem ser evitadas quando o autor evita escrever na primeira pessoa.




Cálculo I - 2º Bimestre (semana 6)

Integral 2: Integração de Funções Elementares
Integral 3: O Teorema Fundamental do Cálculo
Integral 4: Métodos de Integração
Integral 5: Cálculo do Volume e Área de Sólidos de Revolução


1 Video-Aula 21

1. Seja a integral I =∫ 01 x dx.

Calcule as Somas de Riemann superior Sn e inferior sn. Sem calcular o valor de I da Integral, estime quantos termos devem ter as Somas de Riemann para que o valor de I seja conhecido com um erro ε < 0.01.




Física I - 2º Bimestre (semana 6)

Sistemas de partículas
Colisões
Energia
Trabalho e energia


Exercício 7 → Portfólio

Tome novamente o problema do exercício 4. Mas agora, ao invés de uma colisão elástica, considere que durante a colisão os objetos A e B fundam-se num só, de massa mA + mB, que então passa a mover-se com velocidade v (esta é uma colisão totalmete inelástica). Determine essa velocidade (perceba que, neste caso, o princípio da conservação do momento linear é suficiente para isso).



Exercício 15 → Portfólio

Uma esfera de massa m é solta do ponto A e percorre ao longo de um trilho que obriga a esfera a realizar um “looping” ao passar pela parte circular de raio de curvatura R.


De qual altura a esfera deve ser solta para que passe por B, próximo do trilho, mas sem nele encostar? Considere a esfera como partícula e nula a força de atrito.

Metodologia Científica - 2º Bimestre (semana 6)

Interpretando dados e Informações



MODALIDADES DE PESQUISA

A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte direta de dados; o pesquisador como instrumento fundamental de coleta de dados e a preocupação com o processo e não simplesmente com os resultados e o produto.

O investigador em um estudo qualitativo é considerado como instrumento humano primário na coleta e análise dos dados referentes ao fenômeno de investigação.

Por outro lado, a pesquisa quantitativa é mais indicada em investigações da orientação filosófica positivista a qual considera que os fenômenos devem ser medidos e analisados por meio de seus
próprios dados e de forma objetiva.

DESIGN DE PESQUISA

O pesquisador, em um estudo quantitativo, conduz seu trabalho a partir de um plano estabelecido a priori, com hipóteses claramente especificadas e variáveis operacionalmente definidas. Preocupa-se com a medição objetiva e a quantificação dos resultados.

MODALIDADES DE PESQUISA

Uma vez que o problema de pesquisa foi identificado, cabe ao investigador decidir sobre a seleção da amostra, como os dados serão coletados, quantos participantes serão entrevistados ou observados e, assim por diante.

Uma vez que o problema de pesquisa foi identificado, cabe ao investigador decidir sobre a seleção da amostra, como os dados serão coletados, quantos participantes serão entrevistados ou observados e, assim por diante.

CICLO DE PESQUISA



Após a coleta de dados, a fase seguinte da pesquisa é a análise e interpretação.

ANÁLISE DE DADOS

A análise tem como objetivo organizar e sumarizar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas.

Em um estudo qualitativo o jeito certo para analisar dados é fazê-lo simultaneamente com a coleta de dados. A coleta e a análise de dados acontecem simultaneamente dentro e fora do campo.

Os processos de análise e interpretação variam de acordo com o delineamento da pesquisa. Nos delineamentos experimentais constitui-se uma tarefa simples identificar e ordenar os passos, já nos estudos de caso não se pode falar em um esquema rígido.

Para efeito de análise dos dados é necessário, primeiramente, definir a unidade de análise que, por sua vez, se constitui na forma pela qual os dados são organizados.

O tratamento dos dados é a seção do projeto da investigação que se ocupa com a explicação de como se pretende tratar os dados a coletar, inclusive justificando por que referido tratamento é o mais adequado aos propósitos do estudo.

Os objetivos da investigação somente são alcançados com a coleta, o tratamento e, posteriormente, com a interpretação dos dados buscando assegurar com isso a correlação entre objetivos e formas de
atingi-los.

Passos da análise e interpretação:

a)estabelecimento de categorias;
b)codificação; 
c) tabulação;
d) análise estatística dos dados;
e) avaliação das generalizações obtidas;
f) inferência de relações causais;
g) interpretação dos dados.


Os dados podem ser tratados tanto de forma quantitativa quanto qualitativa. Na pesquisa de caráter quantitativo, geralmente, os dados são submetidos à análises estatísticas e as pesquisas de caráter
qualitativo permitem que sejam extraídos sentidos dos dados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a interpretação dos dados, o pesquisador passará a montagem do relatório final da pesquisa que abrange o relato da pesquisa, a forma pela qual foi realizada, os resultados obtidos, conclusões, recomendações e sugestões para futuras pesquisas na área.



Metodologia Científica - 2º Bimestre (semana 5)

Levantando dados e Informações



1. Introdução

Notoriamente as pesquisas sociais têm, ao longo do tempo, se embasado em métodos quantitativos de pesquisa. De acordo com Minayo (2010, p. 47) a pesquisa social pode ser entendida como os vários tipos de investigação que “tratam do ser humano em sociedade, de suas relações e instituições, de sua história e de sua produção simbólica”.
Outra forma de pesquisar que tem se firmado nos últimos 30 anos, diz respeito ao método de pesquisa qualitativa, que surgiu inicialmente no seio de pesquisa da Antropologia e Sociologia, encontrando destaque e espaço em áreas como a Administração, Educação e Psicologia.
Destacando sucintamente as diferenças existentes entre os distintos métodos de pesquisa: quantitativo e qualitativo, tem-se no método quantitativo um rigor previamente estabelecido, que segue hipóteses previamente indicadas, bem como variáveis definidas, ao passo que na pesquisa qualitativa essas variáveis costumam ser direcionados ao decorrer da investigação.
Conforme descreve Minayo (2010) este tipo de método procura “desvelar” processos sociais que ainda são pouco conhecidos e que pertencem a grupos particulares, sendo seu objetivo e indicação final, proporcionar a construção e/ou revisão de novas abordagens, conceitos e categorias referente ao fenômeno estudado.
Faz-se importante destacar que na comparação de ambos os métodos não se deve atribuir prioridade de um sobre o outro, mais sim entender que cada um contribui e tem seu lugar, papel e adequação, trazendo, portanto, entendimentos importantes e complementares, devendo contribuir para melhor compreensão do fenômeno. Nesse estudo iremos ater as discussões a cerca do método de pesquisa denominado qualitativo.

1.1 As Características, Formas e Abordagens da Pesquisa Qualitativa

Conforme descreve Minayo (2010, p. 57), o método qualitativo pode ser definido como:

“... é o que se aplica ao estudo da história, das relações, das representações, das crenças, das percepções e das opiniões, produtos das interpretações que os humanos fazem a respeito de como vivem, constroem seus artefatos e a si mesmos, sentem e pensam. Embora já tenham sido usadas para estudos de aglomerados de grandes dimensões (IBGE, 1976; Parga Nina et.al 1985), as abordagens qualitativas se conformam melhor a investigações de grupos e segmentos delimitados e focalizados, de histórias sociais sob a ótica dos atores, de relações e para análises de discursos e de documentos.”

No método de pesquisa denominado qualitativo existem diferenças quanto à forma, método e aos objetivos. Godoy (1995, p. 62) exemplifica a respeito da diversidade existente entre as pesquisas qualitativas, descrevendo características fundamentais que deve constar nesse tipo de pesquisa, a saber:
  • O ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental;
  • O caráter descritivo;
  • O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida como preocupação do investigador;
  • Enfoque indutivo.
Deve-se ter como foco a intenção de buscar compreender o fenômeno, quando observado minuciosamente. Trata-se da ação fundamental na pesquisa qualitativa, e quanto mais o pesquisador se apropria de detalhes, melhor se torna a compreensão da experiência que foi compartilhada pelo sujeito.
Dentro da pesquisa com o enfoque qualitativo existem estratégias que podem ser utilizadas, conforme descreve Creswell (2007), sendo elas:
  • A Etnografia;
  • A Teoria Embasada;
  • Os Estudos de Caso;
  • As Pesquisas Fenomenológicas e
  • As Pesquisas Narrativas;
Essas estratégias de investigações permitem ao pesquisador uma direção específica dentro do fenômeno pesquisado. As técnicas supramencionadas conforme destaca Creswell, são as mais empregadas dentro das ciências sociais, entretanto, com as mudanças contemporâneas e avanços tecnológicos sabem-se que as estratégias têm se multiplicado ao longo dos anos.
Ainda tratando a respeito das técnicas utilizadas, conforme aponta Godoy (1995) existem pelo menos, três distintas possibilidades de pesquisa dentro do método qualitativo, sendo eles:
  • O Estudo de Caso;
  •  A Pesquisa Documental e
  •  A Etnografia.
Já a autora Minayo (2010) destaca que a partir da Filosofia Compreensiva, diversos tipos de abordagens metodológicas se desenvolveram, dentre as quais cita:
  • A Fenomenologia Sociológica;
  • A Etnometodologia;
  • O Interacionismo simbólico;
  • As Histórias de Vida e
  • Os Estudos de Caso.
A natureza do fenômeno pesquisado influencia diretamente na escolha da abordagem a ser utilizada. De forma geral, no método qualitativo, se emprega procedimentos de interpretação, a partir dos dados coletados, sendo eles dados simbólicos, situados em um determinado contexto e que de alguma forma expressam parte da realidade do indivíduo que diz respeito ao que é verbalizado, estando a outra parte submersa, tratando-se, portanto do conteúdo a respeito do qual o sujeito não verbalizou.
Minayo (2010) finaliza a discussão referente aos vários tipos de abordagem ressaltando que, não existe uma ciência geral, mais sim práticas científicas diferenciadas, envolvendo em seus substratos visões sociais de mundo diferenciadas, cabendo, portanto, a cada um aprofundar-se no assunto que lhe suscitar interesse.

1.2 A Entrevista na Pesquisa Qualitativa

Ao se falar em entrevista como técnica privilegiada de comunicação e coleta de dados, Minayo (2010, pág. 261) destaca que se trata da estratégia mais utilizada no trabalho de campo, ressaltando o seguinte conceito:

“...é acima de tudo uma conversa a dois, ou entre vários interlocutores, realizada por iniciativa do entrevistador, destinada a construir informações pertinentes para um objeto de pesquisa, e abordagem pelo entrevistador, de temas igualmente pertinentes tendo em vista este objetivo.

As entrevistas podem até mesmo ser consideradas conversas com finalidades, se caracterizando por sua forma de organização. As entrevistas podem ser classificadas em: a) sondagem de opinião; b) entrevista semi-estruturada; c) entrevista aberta ou em profundidade; d) entrevista focalizada; e) entrevista projetiva. É também através das entrevistas que ocorrem os processos de narrativas de vida, ou também denominadas “histórias de vidas”, “histórias etnográficas”, “etnobiografias” ou “etno-histórias”. Podem também ser acrescentados a essas modalidades os chamados grupos focais (MINAYO, ASSIS E SOUSA, 2005 apud MINAYO 2010).
De acordo com Cozby (2003) um fator importante sobre as entrevistas é a respeito de ela envolver uma interação entre pessoas, ou seja, esse contato acarreta diversos fatores que serão discutidos abaixo, na qual um deles importante a ser considerado é uma maior propensão a serem de fato respondidos, ao contrário do que ocorre com os questionários, que não acontecem em interações com a pessoa em tempo real.
Um problema que pode ser destacado dentro dessa técnica consiste na possibilidade de ocorrência do viés do entrevistador, justamente por se tratar de uma interação entre seres humanos, onde os problemas apontados consistem em: possibilidade de interferência sutil nas respostas do entrevistado, em consequência de sinais que possam ser demonstrados pelo entrevistador de aprovação ou desaprovação.
Outro problema a ser considerado relaciona-se a própria expectativa do entrevistador em “ver o que procura” nas respostas. Cozby refere-se que essas expectativas podem viesar as interpretações das respostas, ou seja, agir de forma a ser tendenciosa na leitura dos fenômenos.
O autor considera três métodos para realizar entrevistas, quais sejam: entrevista face a face, entrevistas por telefone e entrevistas de grupo focal.
De acordo com Martins & Bicudo (1994, pág. 53) a entrevista, vista como um recurso dentro da pesquisa qualitativa pode ser considerado como: “um encontro social, possuidor de características peculiares, que são: a empatia, a intuição e a imaginação”.
Os autores consideram que na pesquisa qualitativa são trabalhados entre as pessoas participantes os significados e as normas de conduta. Durante o diálogo com os respondentes de uma pesquisa qualitativa, não é possível seguir as regras e o rigor que dizem respeito à metodologia da pesquisa empírica, que inclusive tratam a entrevista como “método”. Conforme citam os autores ela não se trata de um método, mais sim de um recurso metodológico.
Conforme destacam Martins e Bicudo (1994, pág. 54), a entrevista:

“... é a única possibilidade que se tem de obter dados relevantes sobre o mundo-vida do respondente. Ao entrevistar-se uma pessoa, o objetivo é conseguir-se descrições tão detalhadas quanto possível das preocupações do entrevistado. Não é, tal objetivo, produzir estímulos pré-categorizados para respostas comportamentais. As descrições ingênuas situadas, sobre o mundo-vida do respondente, obtidas através da entrevista, são, então, consideradas de importância primária para a compreensão do mundo-vida do sujeito”.

Propõe-se que, no recurso da entrevista um importante fator a ser considerado refere-se ao potencial do pesquisador, conforme aponta os autores supramencionados, uma vez que este pode enfrentar sua própria falta de preparo em propor questões iniciais, com consistências atraentes, que consigam estabelecer uma comunicação ativa.
Minayo (2010) destaca algumas considerações práticas necessárias ser consideradas em qualquer situação empírica, em especial no contexto da realização de entrevista, seja ela, estruturada, não estruturada ou semi-estruturada. As indicações que serão fornecidas abaixo tratam a respeito de indicações para a entrada do entrevistador em campo:
  • Apresentação; b) Menção do interesse da pesquisa; c) Apresentação de credencial institucional; d ) Explicação dos motivos da pesquisa; e) Justificativa da escolha do entrevistado; f) Garantia do anonimato e de sigilo; g) Conversa inicial ou denominado “aquecimento”.
Entretanto ainda assim, é importante citar que, tomados todos os cuidados e indicações necessárias, pode haver dificuldades típicas que são encontradas dentro das interações estabelecidas em pesquisa. Os procedimentos enumerados não se tratam de normas rígidas a serem cumpridas a risca, mais sim sugestões a partir de experiências que podem guiar o pesquisador atuando nesse contexto.
Como formas de registros das diversas modalidades de entrevista, Minayo (2010) aponta que dentre o mais fidedigno encontra-se o instrumento de gravação de conversa, ou ainda se possível outro recurso seria a filmagem. É importante citar que é necessário sempre o consentimento do interlocutor para que se utilize qualquer instrumental.  Quando ambas não forem possíveis, se indica registrar as falas imediatamente após as coletas de dados, não devendo se confiar apenas na memória.
No que diz respeito às análises dos dados colhidos em entrevista, Martins & Bicudo (1994) destacam que o entrevistador competente à medida que a pesquisa se processa, já é capaz de verificar quais pontos são mais importantes para serem discutidos, não precisando necessariamente esperar até que toda a pesquisa seja concluída.
Costumam ser tratados segundo a análise categorial, definido por sistema e sequência própria do entrevistador, onde os principais tópicos já podem ter sido selecionados em estudo piloto.
Insta salientar que o primeiro passo quando da interpretação dos dados obtidos, trata-se da análise precisa a respeito da forma como o sujeito o apresentou, uma análise preliminar poderá ser considerada prematura. Nesse momento, deve-se considerar o significado daquela fala atribuído para o sujeito que a verbalizou, sendo somente a posteriori consideradas em relação a importância da pesquisa e suas análises.
Conforme citam os autores Martins e Bicudo (1994, pág. 58):

“A possibilidade de descoberta genuína é mantida na busca sistemática de significados. O procedimento é descritivo e interpretativo, uma vez que o pesquisador está interessado na atitude de abertura do entrevistado, onde haja supressão de preconceitos”.

Destaca-se que, dentro das opções indicadas ao fidedigno processo de interpretação e análise dos dados, sugere-se, por exemplo, que outros pesquisadores envolvidos no projeto possam também ser acionados para leitura dos significados interpretados ou também que sejam feitas devolutivas ao entrevistado, solicitando-lhe que ele possa confirmar o que foi dito em entrevista.

2. Discussões:

O método de pesquisa qualitativo têm se firmado nos últimos 30 anos dentro do contexto das pesquisas sociais. Este tipo de método busca proporcionar novos conceitos, categorias, construção e/ou revisão de novas abordagens no que tangem a melhor compreensão a cerca do fenômeno estudado.
Dentro do método de pesquisa qualitativo existem diversidades quanto à forma, método e aos objetivos. Entre as diversidades existentes na pesquisa qualitativa deve-se considerar: O ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental; O caráter descritivo; O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida como preocupação do investigador e o Enfoque indutivo.
A respeito das estratégias que podem ser utilizadas, de forma geral pode-se considerar: A Etnografia; A Teoria Embasada; Os Estudos de Caso; As Pesquisas Fenomenológicas e As Pesquisas Narrativas.
Discorreu-se a cerca da entrevista como técnica privilegiada de comunicação e coleta de dados, onde a mesma se destaca como estratégia mais utilizada no trabalho de campo. As entrevistas podem ser classificadas em: sondagem de opinião, entrevista semi-estruturada, entrevista aberta ou em profundidade, entrevista focalizada, entrevista projetiva e grupos focais.
Também fora discorrido a respeito do possível viés do entrevistador que pode ocorrer quando se tratam de pesquisas dentro de um contexto de interação entre seres humanos.


No que diz respeito à análise e interpretação dos dados coletados discute-se a cerca da neutralidade que deve estar presente nessa fase primordial da pesquisa, cabendo primeiramente ao pesquisador descrever os fatos e analisar conforme os significados foram atribuídos ao entrevistado, sendo, portanto indicado que somente ao final se analise à luz da importância social da pesquisa.